Rio de Janeiro / RJ - quinta-feira, 18 de abril de 2024

HÉRNIAS DA PAREDE ABDOMINAL

       Hérnia é a protrusão de uma porção do organismo que se exterioriza através de um ponto fraco natural ou adquirido. A hérnia que aparece através do umbigo ocorre em um ponto fraco natural. A hérnia abdominal que ocorre sobre uma cicatriz operatória é adquirida porque o enfraquecimento da parede abdominal é conseqüência direta da cirurgia.


Onde ocorrem?


         As hérnias mais freqüentes são no abdômen. Ocorrem também em outros locais : no tórax, no crânio e na coluna (Hérnia de disco intervertebral).


Como se apresentam as hérnias abdominais?


         As hérnias abdominais se manifestam como abaulamentos na parede abdominal, contendo estruturas que saem de dentro de sua cavidade.

     O conteúdo das hérnias que atravessa a musculatura da parede abdominal é constituído, habitualmente, por alças intestinais, especialmente de intestino delgado.

   Este conteúdo é envolvido por um saco herniário revestido externamente por pele e internamente por peritônio, que é a delgada lâmina de tecido que recobre a cavidade abdominal internamente.


      A  margem do orifício por onde sai a hérnia denomina-se anel herniário.


          Em geral é  muito fácil reduzir o conteúdo da hérnia para dentro do abdômen.  Em outras ocasiões, especialmente em hérnias mais antigas, o conteúdo pode ficar permanentemente preso dentro do saco herniário e não se consegue reintroduzí-lo no abdômen, ou seja, não se consegue reduzir a hérnia -É a hérnia encarcerada.


          A complicação grave das hérnias é seu estrangulamento. Quando o intestino torce dentro do saco herniário, interrompe-se o trânsito de seu conteúdo e comprimem-se os vasos sanguíneos que o irrigam. A torção, provocando obstrução intestinal, se caracteriza, clinicamente, por cólicas abdominais e parada da eliminação de gases e fezes. A compressão dos vasos sangüíneos tende a produzir gangrena da alça intestinal torcida e ruptura posterior da mesma, provocando infecção grave que se estende para toda a cavidade peritoneal, ou seja, provoca o quadro grave de peritonite aguda. 


tipos de hérnias:

 

  1. Hérnias Inguinais - hérnias da Virilha
  2. Hérnias Femurais - hérnias do canal femural (abaixo da virilha)
  3. Hérnias Umbilicais - hérnias da região da cicatriz umbilical
  4. Hérnias Lombares - hérnias da região lombar
  5. Hérnias epigástrias - hérnias acima da cicatriz umbilical
  6. Hérnias incisionais - hérnias secundárias a uma incisão

 

 

 Hérnias Inguinais

 

        As hérnias inguinais estão localizadas na região da virilha. Elas se apresentam com ou sem o aparecimento de tumefação na região inguinal. Muitos podem possuir dor, outros apenas um incômodo na região. É mais comum em homens, e podem surgir desde o nascimento. 

       O aparecimento se dá na criança e no adulto jovem por meio da persistência do chamado conduto peritonio vaginal (ie, uma membrana que reveste o testiculo, que durante a migração para a bolsa escrotal, leva outros elementos). De maneira geral, é uma hérnia chamada de congênita. 

      O idoso ou alguns adultos possui uma fragilidade na parede abdominal por esforço repetido ou por defeito da parede. 

      Tanto uma quanto a outra, o simples fato de elas existirem já leva o ser humano a uma preocupação grande, que é o encarceramento ou estrangulamento. O diagnóstico deve ser feito pelo exame fisico, existem manobras como a de TAXI (pressão sobre a região da virilha com o paciente em pé, impedindo o aparecimento da tumefação), ou a manobra do desaparecimento da tumefação ao se deitar. Mas o mais importante é não demorar a se tratar, devido as complicações.E o tratamento é  sempre cirúrgico.

         Nos dias atuais o tratamento pode ser convencional ou laparoscópico.

 

OBS: O Ultrasson pode ser feito mas não tem uma boa sensibilidade porque é médico dependente.

 

Hérnias Femurais

 

         São muito comuns nas mulheres, e são de dificil diagnóstico. São hérnias que apresentam pequena tumefação 1 cm abaixo da virilha,e em algumas mulheres o diagnóstico é sempre pelo exame em pé. O tratamento também é cirúrgico.